Cidade também alcançou a meta da OMS na vacinação contra o HPV em meninos e meninas entre nove e 14 anos

Minas Gerais tem mais uma cidade comprometida com a Coalizão Cidades no Controle do Câncer. Vargem Bonita é o segundo município mineiro onde todos dos vereadores assinaram a Carta Compromisso — e o terceiro do país (o primeiro foi Viamão-RS, seguido de Piumhi-MG).

A adesão foi realizada por meio de uma articulação da presidente da Associação Mulheres de Peito de Piumhi, Maria Zilma, com apoio do Prefeito de Vargem Bonita, Garcia. O gestor municipal, que também tem a pauta oncológica como uma das prioridades da sua gestão, assinou a carta ainda quando candidato na última eleição.

“A Associação sempre foi muito parceira de Vargem Bonita, que é uma cidade muito atuante, assim como o prefeito Garcia e o secretário de saúde, Marcus Vinicius Souza Pereira”, conta Maria Zilma. Ela explicou que, durante uma reunião com o prefeito no final de maio, junto com a coordenadora da Coalizão Cidades no Controle do Câncer, Cibele Carneiro, pediram apoio da cidade para ampliar a busca ativa para a vacinação de crianças e adolescentes contra o HPV, uma das pautas abraçadas pelo movimento nacional.

A Organização Mundial da Saúde estabeleceu uma meta de imunização de 90% para meninos e meninas entre nove e 14 anos. Vargem Bonita ampliou a vacinação de meninas de 86,12% em fevereiro, para 94,69% em julho. E a vacinação de meninos de 84,90% para 93,88% no mesmo período. “Quando ficamos sabendo que a meta foi batida, voltei a falar com o prefeito para intermediar esse contato com os vereadores, já que oito ainda precisavam assinar a carta compromisso”, afirma a presidente da Associação.

A partir desse contato, todos os vereadores em exercício se comprometeram com os cinco pontos propostos na carta, que incluem a prevenção, o rastreamento e o controle do câncer. Entre eles estão: fiscalizar as leis municipais de restrição à venda e uso de cigarros eletrônicos; propor e/ou fiscalizar leis municipais de estímulo à alimentação saudável e ao exercício físico; e fiscalizar o orçamento e recursos utilizados para a atenção básica no município.

Os vereadores que se juntaram no movimento são: Adilson Lucas Ferreira (Dircinho do Zé Lucas), Alisson Rezende Castro (Tuca), Altair Elias, Antônio Ronan da Costa, Helio Costa (Helinho), Janderson Elord Camargo, Leonardo Cunha Faria, Rone Kleber Oliveira (Klebinho), Rafael Silva Correia (Rafael Grao Mogol) e Toninho da Lica (atual Secretário Municipal de Saúde de São Roque de Minas). Tanto Rafael quanto Toninho já haviam assinado a Carta Compromisso quando candidatos a vereador.

“Espero que estejamos firmes com a causa daqui para a frente”, finaliza Maria Zilma.

Sobre a Coalizão

Lançada em julho de 2024 pelo Instituto de Governança e Controle do (IGCC), em parceria com organizações de referência como Abrale, Femama, Instituto Avon, Oncoguia, Instituto Vencer o Câncer e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a Coalizão Cidades no Controle do Câncer tem como objetivo sensibilizar gestores públicos sobre a importância de incluir o controle do câncer nos planos de governo e na pauta legislativa. A Coalizão já reúne 89 organizações em todo o país e tem a possibilidade de impactar positivamente a vida de mais de 34 milhões de brasileiros. São 78 cidades brasileiras com lideranças políticas comprometidas com a iniciativa.

Sobre o IGCC

Criado a partir da experiência do City Cancer Challenge (C/Can) na cidade de Porto Alegre-RS, o Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC) é o parceiro local de sustentabilidade do C/Can. Através de uma atuação multissetorial, busca transformar a realidade da prevenção e do tratamento do câncer, qualificando as políticas de saúde, aprimorando a governança e atualizando as informações e dados sobre a doença.

O Instituto tem como objetivo articular, propor e apoiar iniciativas que colaborem para a promoção da atenção oncológica de qualidade. Atuando para manter o câncer na agenda política das cidades, o IGCC contribui para a construção de um futuro em que todos tenham acesso à prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos de forma igualitária e universal.