A verdadeira mudança na realidade do câncer nas cidades só é possível quando os diversos setores envolvidos no cuidado se unem com o propósito de promover melhorias. É através desta união de esforços que o Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC), o Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e a Siemens Varian iniciam a implementação do projeto “FASTER: Fluxo Aumentado em Radioterapia para Pacientes com Câncer de Próstata”, segunda etapa do estudo anterior que buscou conhecer os tempos da jornada do paciente, identificar gargalos e propor soluções.
As organizações estiveram presentes no dia 28 de fevereiro, no Hospital Santa Rita, em reunião de alto nível para a apresentação dos resultados do primeiro projeto da parceria, “Melhoria do acesso dos pacientes com câncer de próstata ao tratamento com radioterapia”, e da segunda etapa que inicia em 2024.
O encontro foi uma oportunidade de troca de experiências entre os parceiros, momento para expor como cada stakeholder pode contribuir no cuidado com o paciente e na melhoria dos processos, entendendo as dores e gargalos de cada etapa da cadeia de controle do câncer e do tratamento radioterápico.
Adriana Costa, CEO Brasil da Siemens Varian, parceira implementadora dos projetos, reforçou a sequência no suporte para desenvolver estratégias e trabalhar em prol do enfrentamento ao câncer de próstata na cidade.
“Este é o trabalho que vivemos no dia a dia. Me emociona muito quando venho em um serviço como o da Santa Casa entender que o paciente, independente de público ou privado, recebe atendimento com qualidade. E é por isto que trabalhamos juntos, mudar o mundo não é possível sem colaboração”, comenta Adriana.
Saiba mais sobre o FASTER
O projeto FASTER prevê a implementação e avaliação de diversas soluções identificadas no estudo prévio e espera-se que, com as atividades e ferramentas desenvolvidas, ocorra redução no tempo de espera do paciente, da confirmação do diagnóstico até o início do tratamento radioterápico.
“Consideramos o FASTER um projeto piloto, um desenrolar do primeiro, em que iremos testar, com a ajuda da inteligência artificial, ferramentas que identifiquem como o paciente melhor se beneficiará para acelerar o processo e os tempos da jornada. Estimamos que, com o auxílio das soluções propostas no primeiro estudo, haja uma redução de 50% do tempo entre confirmação do diagnóstico e início da radioterapia, que hoje está em 350 dias em média”, explicou Rafael Vargas, chefe do serviço de oncologia da Santa Casa, líder técnico do projeto e membro do board do IGCC.
A redução do tempo de espera para início do tratamento impacta em diversos âmbitos do paciente e da gestão hospitalar. Segundo Antonio Dal Pizzol, diretor do Hospital Santa Rita, “mesmo que pudéssemos tirar o fator sofrimento do paciente e, mesmo que a doença não evoluísse nesse período, a demora significa um custo muito elevado para o sistema público de saúde”, comenta.
Ana Paula Etges, pesquisadora e consultora do primeiro projeto, reforçou a necessidade do alinhamento entre os atores para que o serviço possa ser diferente e melhore os cuidados para quem enfrenta a doença. “No estudo, elencamos estratégias mais simples e mais complexas, com impactos diferentes, mas todas fazem parte de pensar como fazer melhor esse ciclo de cuidados da radioterapia para o paciente com câncer de próstata”.
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Você também pode ler sobre a publicação do artigo científico que traz os resultados da primeira etapa clicando aqui.
Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos parceiros do IGCC, pelo apoio institucional ao enfrentamento ao câncer nas cidades, em especial à Siemens Varian, parceiros de primeira hora, por apoiarem a realização dos projetos.