Projeto Capacitação GHC conclui atividades

O Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC) encerrou o projeto Capacitação de Profissionais da Saúde GHC em protocolos de câncer de mama, focado na atualização sobre os novos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para câncer de mama. A iniciativa qualificou os profissionais para estabelecer padrões de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

A capacitação foi uma resposta à transformação da Diretriz Diagnóstica e Terapêutica (DDT) em PCDT, um documento normativo que irá reger os tratamentos de câncer de mama em todos os hospitais que atendem pacientes do SUS. A Dra. Christina Oppermann, médica oncologista do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), destacou: “É fundamental que os profissionais de saúde estejam familiarizados com os novos procedimentos para garantir um atendimento de excelência.”

O curso consistiu em quatro aulas entre junho e setembro de 2024, abordando temas como a importância dos protocolos clínicos, o manejo de inibidores de ciclinas e indicadores de qualidade. Durante a primeira aula, 56% dos participantes desconheciam o significado de PCDT, ressaltando a necessidade de formação. “Precisamos garantir que todos os envolvidos no tratamento de câncer de mama compreendam as diretrizes e suas implicações,” afirmou Oppermann.

A Dra. Mauren Salis, responsável pela segunda aula, explicou o funcionamento dos inibidores de ciclinas e a gestão dos efeitos colaterais: “É essencial que a equipe esteja bem informada sobre as novas opções de tratamento e como gerenciá-las.”

Durante o terceiro encontro da capacitação, o mastologista Dr. André Mattar, chefe de serviço de mastologia do Hospital da Mulher em São Paulo, apresentou as melhores práticas sobre indicadores de qualidade no tratamento do câncer de mama. Ele destacou que muitos desses indicadores já são amplamente utilizados em centros de referência. Ele também compartilhou desafio e exemplos práticos de sua experiência no Hospital da Mulher, o maior centro de tratamento oncológico para mulheres no país, onde são realizadas, em média, 300 cirurgias por mês.

Ao final da aula, Dr. Mattar esclareceu dúvidas sobre a infraestrutura necessária para a montagem dos indicadores, explicando que uma equipe dedicada trabalhou por dois anos para estabelecer os parâmetros e levantar dados antes da implementação geral.

O último encontro, conduzido pela Dra. Francine Nyland, propôs indicadores de qualidade a serem implementados no GHC, como o tempo entre o resultado do laudo patológico e o início do tratamento. “Estabelecer e medir indicadores de qualidade é crucial para garantir a eficácia do tratamento,” comentou Nyland.

O IGCC reafirma seu compromisso com a formação contínua dos profissionais de saúde, assegurando um atendimento de qualidade e equitativo aos pacientes com câncer de mama no SUS. O projeto Capacitação GHC representou um passo significativo nessa direção, contribuindo para o fortalecimento das práticas clínicas no GHC.

Agradecemos à Novartis, parceira implementadora do projeto, pelo apoio e colaboração essenciais na construção desta capacitação aos profissionais de saúde.