A relevância dos registros de câncer no enfrentamento à doença

Dr. Rafael Vargas, Dr. Roberto Gil e Dra. Marcia Sarpa na abertura do 22º Encontro ABRC | Crédito: Carlos Leite / INCA

Durante os dias 29 de novembro a 01 de dezembro, profissionais registradores de câncer de todo país se reúnem na sede do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, para o 22º Encontro da Associação Brasileira de Registros de Câncer (ABRC). O evento é correalizado pelo Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC), o INCA e a ABRC e conta com o patrocínio da Varian/Siemens e o apoio da Fundação do Câncer.

Os dados são mais do que simples pontos em gráficos ou estatísticas, eles representam vidas, histórias e esperanças. Cada registro é uma narrativa que nos oferece insights cruciais sobre a incidência, os padrões e os fatores de risco associados ao câncer”.

Assim, Rafael Vargas, médico oncologista, membro do board do IGCC e presidente da ABRC, destacou a importância dos registros para o enfrentamento ao câncer na abertura do encontro.

A qualidade dos dados de registros é fundamental para a vigilância epidemiológica e para orientar a gestão pública no controle da doença, planejamento de políticas públicas e avaliação dos serviços de saúde. Além disso, servem de base para produção científica, como artigos e outros conteúdos acadêmicos.

Roberto Gil, Diretor-geral do INCA, também reforçou a importância do trabalho dos registradores.

Quando começamos a ter dados, começamos a ter metas. Se não temos informações, não podemos defender nossos objetivos. O que tentamos fazer aqui é fundamental, é o reconhecimento que podemos construir algo transformador para tentar trazer serenidade para este mundo que assiste ao câncer como um caos epidemiológico”, enfatiza Gil.

Ainda, a médica Alice Zelmanowicz, membro fundadora do IGCC e Coordenadora do Registro Hospitalar de Câncer do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, salientou a relevância dos registros para as instituições. 

Os dados funcionam como uma avaliação da qualidade do serviço assistencial, dão embasamento ao planejamento estratégico, ao ensino e à pesquisa, todos fundamentais no enfrentamento ao câncer”.

Como agente de transformação da realidade da doença nas cidades e no país, o IGCC ressalta que a construção de políticas públicas depende, necessariamente, de informações e dados de qualidade que deem embasamento teórico e científico para gestores construírem estratégias assertivas na busca por compreender, enfrentar e, eventualmente, vencer o câncer.

Assista ao evento aqui, disponível no Youtube da TV INCA.