Comemorar o Dia Mundial do Câncer no Brasil em 2024 tem um significado especial. E debater o futuro da política oncológica no país ganha um novo direcionamento após a sanção da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) (Lei 14.758/23), em dezembro de 2023, uma lei que pretende dar conta dos principais gargalos do atendimento oncológico no Brasil.
Com esse novo capítulo da busca por melhores serviços para a população que enfrenta o câncer nas cidades, o Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC) e a FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) organizaram o Webinar temático: “Como estamos planejando a política oncológica no Brasil?”, um importante diálogo sobre o presente e o futuro das políticas públicas da área.
A conversa ocorreu no dia 06 de fevereiro, às 19h, e contou com a participação de Maira Caleffi, presidente do Conselho de Administração do IGCC, Fundadora e Presidente Voluntária da FEMAMA e integrante do Conselho de Administração da União Internacional de Controle do Câncer (UICC). Maira fez a abertura do evento destacando o potencial da nova política e trazendo o reforço da mensagem de que “estamos todos na mesma página aguardando a implementação”.
Daniely Votto, diretora executiva do IGCC, e Alexandre Ben, Coordenador de Projetos e Relações Institucionais da FEMAMA, contribuíram no início da discussão destacando a importância da nova política para os serviços de saúde.
“A lei traz avanços importantíssimos, com prazos mais claros, participação social e questões que precisam ser abordadas com maior cuidado. E para isso, temos que chamar os municípios para os debates na regulamentação. As cidades devem estar mais próximas, junto com as organizações da sociedade civil, gestores de saúde e movimentos municipalistas, pois a articulação tem que ser intersetorial. São as cidades que darão segmento ao que for implementado”, ressalta Daniely.
Alexandre comentou o marco muito além do simbólico que a nova política representa.
“Vamos olhar para a nova lei que o Brasil conseguiu construir e aprovar em consenso entre legislativo e executivo e esperar que traga um impacto muito positivo para a população. Foram várias organizações que contribuíram para essa construção que deixa de ser um ato administrativo do Ministério da Saúde para se tornar uma política de Estado. Essa transformação não é meramente simbólica, ela traz elementos concretos que, se implementados, impactarão a vida dos pacientes”, afirma Ben.
O Webinar contou também com a presença de Roberto Gil, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
“A regulamentação é um passo, mas o trabalho é contínuo. E por isso, temos que ser colaborativos, sinérgicos, ter autocrítica permanente e buscar o menor conflito de interesse possível. E faremos isso melhorando o acesso para que quem precisa consiga o cuidado necessário. Necessitamos de programas de rastreamento efetivos para não perdermos a janela de oportunidade com diagnóstico precoce e tratamento inicial, pois é aí que se consegue um controle de custos mais objetivo”, destaca Gil como pontos prioritários a serem focados.
A conversa também contou com a participação de Priscila Torres, enfermeira, jornalista, patient advocacy da Biored Brasil e Conselheira Nacional de Saúde; e Dra. Marisa Madi, médica e doutora em Ciências da Saúde, Diretora-executiva da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Para assistir ao Webinar completo, acesse aqui.
Se você quiser saber mais sobre as ações do IGCC e FEMAMA durante o mês de enfrentamento ao câncer, leia a notícia clicando aqui.
Aproveitamos para expressar nosso agradecimento aos parceiros do IGCC, pelo importante apoio institucional no enfrentamento ao câncer nas cidades, em especial à Daiichi-Sankyo durante a realização das ações do Dia Mundial do Câncer.