Capital gaúcha sediará, entre os dias 24 e 26 de outubro, no Hotel Hilton, a próxima edição do Multidisciplinary Cancer Management Course (MCMC). O curso, promovido pelo City Cancer Challenge Foundation (C/Can), em parceria com a American Society o Clinical Oncology (ASCO) e com o apoio local do Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC), reunirá especialistas nacionais e internacionais que irão abordar as melhores práticas para o enfrentamento ao câncer. Porto Alegre quer se consolidar como referência no combate à doença e, desde 2018, conta com projeto do C/Can na capital.
O destaque do evento será a presença da vice-presidente executiva e médica-chefe da ASCO, Dra. Julie Gralow, que estará pela primeira vez em Porto Alegre e vem especialmente para estes três dias de curso. Gralow é professora emérita de oncologia médica na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, onde atuou por mais de 25 anos no corpo docente dirigindo o programa de Oncologia Médica de Mama. A médica também é cofundadora da Team Survivor Northwest, uma organização sem fins lucrativos que visa ajudar mulheres sobreviventes de câncer a melhorar sua saúde por meio de exercícios e condicionamento físico.
No encontro também haverá o debate sobre o projeto de melhoria ao Acesso à gestão de qualidade do tratamento de câncer, voltado aos pacientes com câncer de mama e de próstata. A sua elaboração envolveu grande parte da sociedade médica porto-alegrense, grupos de experts internacionais e as equipes técnica do C/Can e do IGCC. O projeto contribuirá para fortalecer a gestão multidisciplinar do câncer invasivo de mama e próstata nas principais instituições de tratamento da doença em Porto Alegre, o que promoverá a padronização do atendimento oncológico baseado em evidências e o acesso aos melhores cuidados possíveis para esses pacientes.
As neoplasias estão entre as principais causas de óbito no município, ao redor de 20%. Mundialmente, a ameaça do câncer também continua crescendo. Em 2020 a doença tirou 10 milhões de vidas em todo o mundo, ou seja, mais de um quarto de todas as mortes naquele ano. Além disso, estimativas da Organização Mundial de Saúde preveem que mais de 13 milhões de pessoas morrerão de câncer anualmente até 2030. O dado se torna ainda mais alarmante quando consideramos que 70% das mortes relacionadas ao câncer em 2020 foram registradas em países de baixa e média renda, como o Brasil.