Nos dias 19 e 24 de outubro, o Instituto de Governança e Controle do Câncer (IGCC) promoveu duas Rodas de Conversa no bairro Restinga, inseridas no projeto Visão Zero: Estratégias de Eliminação dos Cânceres Femininos em Porto Alegre.
Encontro com pais e responsáveis
A primeira roda de conversa, realizada no sábado (19/10), ocorreu durante o evento “Juntos pelo Bem”, organizado pela ONG Renascer em parceria com o Rotary POA. Este evento comunitário proporcionou diversas atividades para os moradores da região. A Dra. Fernanda Casarotto, oncologista clínica do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e líder técnica do projeto, abordou temas essenciais sobre a prevenção do câncer de colo de útero, destacando a importância da vacinação contra o HPV (papilomavírus humano) e do exame citopatológico (Papanicolau).
“A vacina é uma forma eficaz de prevenção. O Brasil tem um histórico positivo de vacinação, e é muito melhor prevenir do que enfrentar um tratamento complicado, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), onde as pacientes frequentemente precisam ser encaminhadas a centros de alta complexidade”, enfatizou Fernanda.
Na ocasião, a médica também ressaltou a importância da mamografia para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Roda de conversa com professores
Na quinta-feira (24/10), a Roda de Conversa foi direcionada aos professores da Escola Estadual José do Patrocínio. Esta iniciativa, que ocorre pela segunda vez, visa capacitar educadores como agentes de transformação, promovendo a conscientização sobre a saúde feminina e a prevenção de cânceres.
Cátia Duarte, diretora executiva do IGCC, abriu o encontro ressaltando o papel fundamental dos educadores na disseminação de informações sobre a vacina contra o HPV. “Saúde e educação caminham juntas. Por meio da colaboração entre esses setores, conseguimos avançar na prevenção”, afirmou Cátia.
Em seguida, a Dra. Fernanda Casarotto respondeu a perguntas dos professores e discutiu o impacto social do câncer, tanto no Brasil quanto globalmente, reforçando a necessidade de uma abordagem comunitária e educativa para enfrentar essa questão de saúde pública.
“Atualmente, o câncer de colo uterino causa 7 mil mortes de mulheres no Brasil a cada ano. No mundo, são 350 mil vítimas, resultando em cerca de 180 mil crianças órfãs anualmente, considerando que muitas dessas mulheres são mães. O impacto social é imenso”.
Ambos os encontros proporcionaram muitas trocas de conhecimentos e experiências, permitindo que todos expressassem suas dúvidas, compartilhassem vivências e reafirmassem seu compromisso com a saúde de crianças e adolescentes. Vale ressaltar que o câncer de colo do útero é uma doença que pode ser evitada com a vacinação contra o HPV, disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos.
Aproveitamos para agradecer à Empatizeme, nossa parceira no projeto Visão Zero, e aos parceiros MSD e Pfizer pelo apoio institucional. Sua colaboração e comprometimento são essenciais para o sucesso no enfrentamento aos cânceres femininos nas cidades.